No dia 12 de novembro de 2021, as turmas de 2ª série do Ensino Médio do Colégio Nossa Senhora das Dores tiveram oportunidade de conversar com o jovem Mohammed Omar Mohammed sobre o Islam e sua chegada ao Brasil. A atividade aconteceu sob orientação da Prof.ª Maria Ligia Del Nery dentro da disciplina de Ensino Religioso, com base na matriz curricular que tem como eixo central a religião e a política no mundo.
Durante o 3º bimestre de 2021, os alunos das turmas citadas estudaram sobre o Islam, o Alcorão, os fundamentos, a alimentação, as vestimentas, as mulheres e o feminismo islâmico. Para conhecerem um pouco mais dessa cultura, a professora convidou o muçulmano naturalizado brasileiro para dar uma palestra e conversar com os alunos no Auditório. Há 7 anos, quando tinha 18, o convidado veio da Palestina em busca de novas oportunidades. Já iniciou o curso de Engenharia Civil e hoje cursa Ciências Sociais. Ele contou como é difícil ficar longe da família, que precisou aprender muito rápido o português, e também falou das diferenças entre os dois países e do respeito que as pessoas deveriam ter com relação à cultura e religiosidade dos outros.
Segundo a Prof.ª Maria Ligia, “foi uma manhã muito produtiva e cheia de aprendizados.” Abaixo, você pode conferir o depoimento da aluna Ana Clara, da 2ª série “B”, sobre a roda de conversa, além de suas reflexões e apontamentos.
Eu achei muito interessante a palestra do Mohammed, não só porque a religião dele é diferente e sua história é fora da nossa zona de conforto, mas porque ele foi um adolescente como todos nós que estávamos ouvindo: com sonhos, força de vontade e coragem para ir para um lugar longe da família e sozinho.
Me comovi com as histórias que ele contou, sobre como veio parar numa cidade de Minas Gerais, tendo chegado da Palestina em São Paulo e a trajetória dele como estudante, fazendo vestibular, e estudando assim como a gente.
Além disso, acredito que não só eu, mas todos presentes, ficaram comovidos com as falas dele em relação ao respeito com outras religiões e formas de pensar, já que pensávamos que para ele, vindo de uma cultura tão diferente, seria mais difícil conciliar seus pensamentos com o “jeitinho brasileiro”.
De forma geral, todos adoramos Mohammed e suas histórias. E particularmente, eu adoraria mais debates dessa forma, é sempre bom conhecer pessoas novas e realmente, muito diferentes, mas que de um jeito ou de outro, são como a gente e devem ser respeitados da mesma forma.
[A.P./P.M.L.D.N.]