Muito se tem discutido, recentemente, acerca da democratização do acesso ao cinema no Brasil. Contudo, percebe-se que a falta de políticas públicas que incentivem o interesse da população em assistir filmes, aliado à precariedade da infraestrutura cinematográfica em pequenas e médias cidades, são fatores que impedem a inserção da sociedade na indústria do cinema.
Em primeira análise, nota-se que o descaso governamental afeta o pleno acesso dos cidadãos aos cinemas do país, uma vez que não há investimentos em campanhas que debatam a respeito da importância dos filmes para o desenvolvimento de novos aprendizados, por exemplo, prejudicando o frequentamento de salas de cinemas por brasileiros. Tal fato pode ser explicado pelo filósofo Thomas Hobbes, que afirma ser dever do Estado, através de um contrato social, assegurar o bem-estar social da comunidade. Desse modo, evidencia-se a quebra do contrato, haja vista que o Governo não tem promovido políticas públicas suficientes para promover a democratização do acesso ao cinema. Portanto, é necessário reverter tal problemática, a fim de garantir o estado de bem-estar condicionado pelo filósofo.
Em segunda análise, é evidente que diversas cidades brasileiras, principalmente pequenos e médios centros, como, por exemplo, as periferias, ainda não possuem a infraestrutura necessária que permite o acesso às salas de cinemas, visto que são centros precários que não recebem o atendimento necessário para a realização de tal atividade. Análogo a isso, o filósofo Charles Mills afirma que problemas da esfera individual devem ser tratados como problemas da esfera pública. Assim, é dever do Estado garantir a democratização do acesso ao cinema, enfatizando a necessidade de melhor atender áreas carentes do país.
Em suma, conclui-se que é dever do Ministério da Educação e da Cultura promover campanhas nas escolas de Ensino Fundamental e Médio que debatam a respeito da importância de frequentar o cinema, evidenciando os benefícios que essa atividade acarreta na vida dos seres humanos. Dessa forma, será possível garantir a democratização do acesso ao cinema e, assim, incentivar um maior número de telespectadores de filmes no Brasil.
Autora: Maria Eduarda de Oliveira
3ª série
