“Gente negligenciada no Brasil”

De acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal Brasileira, todos os cidadãos são iguais perante a lei, o que inclui os deveres, mas também os direitos. Nesse sentido, surge a problemática da democratização do acesso ao cinema no Brasil, um país em que as empresas exibidoras privilegiam a construção de cinemas em shopping centers e áreas de alta renda, seja pelo alto custo dos ingressos, seja pela negligência do Estado em investir em novos espaços de lazer para todos.

Em primeira análise, o alto preço a ser pago para ver um filme nas telas do cinema é um problema para garantir o acesso universal nesse local. Desse modo, apenas famílias de alta e média renda são capazes de pagar para verem filmes nos cinemas com frequência, assim pessoas mais pobres são excluídas dessa nova forma de lazer, uma vez que não possuem condições financeiras para participarem desses espaços com frequência, ficando restritas a programas televisivos de menor complexidade e que exigem pouco senso crítico. Por isso, é de extrema importância que as empresas responsáveis pelos cinemas no Brasil possam oferecer ingressos de baixo custo.

Em segunda análise, de acordo como o filósofo Thomas Hobbes, a sociedade estabelece com o Estado um contrato social, dessa maneira, as pessoas são submissas ao Estado e este deve garantir a manutenção de um bem estar a todos, no entanto o governo brasileiro não cumpre o seu papel ao negligenciar o investimento em espaços de lazer modernos. Com isso, as pessoas ainda têm de recorrer a espaços de lazer arcaicos, como por exemplo, praças e museus, o que pode provocar a curiosidade de crianças e adolescentes sobre como é o cinema, podendo acarretar em preconceito no espaço escolar. Logo, é necessário que o Estado destine recursos para levar o cinema a todos.

Portanto, para minimizar a problemática da democratização do acesso ao cinema no Brasil, um país em que a construção de espaços modernos de lazer privilegia áreas de alta renda, cabe ao Estado o investimento pra levar crianças e adolescentes das escolas de todo o Brasil a conhecerem e frequentarem o cinema, durante algumas aulas de artes e sociologia. Para isso, deve contar com especialistas no assunto que junto aos professores mostrem a importância do cinema para integração social, a fim de que todos possam fazer parte das novas tecnologias, de modo a praticar a inclusão social. Só assim será possível que as empresas cinematográficas possam dar atenção às classes mais baixas.

Autora: Mell Cunha Silva
3ª série
Redação com 940 pontos no ENEM.

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