Armazenar a energia de um raio, em termos práticos, ainda não é possível Foto: Getty Images |
Em teoria, sim. Em termos práticos, ainda não, pelo menos em grandes quantidades. Em uma época na qual a sustentabilidade é assunto dos mais comentados e a economia de energia está incluída na pauta, a ideia de armazenar energia gerada por raios parece agradável e útil.
Porém, nos conta Flávio Roca, professor de química e física do colégio Liceu Santista, em Santos, que “em termos práticos, há dificuldades consideráveis para o sucesso desses experimentos, tais como captação dos raios, armazenamento da energia liberada pela descarga, etc. Seria necessário um sistema um tanto quanto elaborado para captar os raios, como várias hastes, por exemplo”.
Mas Steve LeRoy, cientista da Universidade de Harvard, inventou em 2007 um sistema capaz de captar e armazenar a energia de um raio. Só que o invento difere do objetivo de uso da captação de energia em um ponto: seu aparelho conseguiu captar apenas energia suficiente para manter funcionando uma lâmpada de 60 watts durante 20 minutos.
Roca explica a complicação para armazenamento em maior escala. “O armazenamento é complicado. As companhias elétricas administram a energia produzida por métodos comuns, já que a distribuem ao invés de armazená-la”, diz.
A Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL), responsável pela distribuição de energia no interior do Estado de São Paulo, explica em seu site exatamente o que o professor Roca diz: assim que a energia é gerada, é transmitida e distribuída. O armazenamento de energia só é possível, por enquanto, em pequenas quantidades.
Fonte: Terra Educação