Uma data para celebrar e fortalecer a relação entre três gerações
No Brasil e em Portugal, em 26 de julho é celebrado o Dia dos Avós! A data fixa é também o dia dos santos católicos Santa Ana e São Joaquim, que, segundo a Tradição, são os pais de Santa Maria, mãe de Jesus, portanto, avós do Cristo. Santa Ana é considerada padroeira dos avós e da educação, enquanto São Joaquim é padroeiro dos avôs. Enfim, a data é uma homenagem a essas pessoas tão importantes na vida de uma criança, que são os avós. Dizem que neto é “filho com açúcar”, enquanto avós são “pais em dobro”. Alguns dizem até que a convivência com os avós “estraga” as crianças, mas não é bem assim, pelo contrário: a relação entre avós e netos pode ser muito saudável para ambos!
Olhando para o desenvolvimento da criança, a presença dos avós traz ótimos pontos de aprendizado. Avós são pessoas próximas que podem contar sobre o passado, sobre a história da família e dos pais e tios da criança, sobre coisas que os pais jamais poderiam ou saberiam dizer para os filhos. Eles trazem todo um repertório novo para os pequenos, sabedoria acumulada da vida e ensinamentos para se levar para uma vida inteira. Além disso, podem oferecer acolhimento e carinho, cuidar dos netos enquanto os pais saem e trabalham, dividindo a educação e o cuidado com eles. É claro, talvez a rotina que os avós oferecem aos netos seja um pouco diferente da rotina dos pais, mas isso não deve ser ponto de disputa, mas, sim, de acordo e cooperação. Pais devem entender e respeitar o espaço dos avós, assim como esses devem respeitar as regras e a educação que seus filhos dão aos próprios filhos.
Para os avós, a convivência com os netos traz companhia e uma nova oportunidade de participar da criação de crianças, só que desta vez com mais “leveza”, já que a responsabilidade primeira e maior continua sendo dos pais. Mesmo avós que ainda trabalham ou tenham suas ocupações, ter os netos por perto traz toda uma nova perspectiva de vida e familiar. Já os pais têm o ganho de ter pessoas de confiança com quem deixar os filhos para trabalhar ou em situações de emergência, economizando dinheiro e energia na busca de babás. Esses recursos, então, podem ser reinvestidos em outros aspectos e momentos da criação dos filhos.
Os netos podem ser muito sedutores em pedidos que fazem aos avós e que são negados pelos pais. Mais uma vez, uma conversa franca e respeitosa entre as duas gerações sobre a educação dos pequenos deve acontecer, avós respeitando os pais e vice-versa. Um não deve desautorizar o outro, e os avós devem sempre se lembrar de que, por mais “açucarados” que sejam os netos, é dos pais a palavra final sobre a criação dos mesmos. “Mas e se são os avós que cuidam e detém a guarda das crianças?” Bom, aí eles assumem a posição de pais também e, para a Psicologia, está tudo bem. O importante é que os pequenos sempre tenham acolhimento, carinho, cuidado, limites, diálogo, educação, boa alimentação e saúde disponíveis.
