No dia 5 de setembro, é comemorado o Dia da Amazônia, um bioma que inclui a maior floresta tropical do mundo e abrange nove países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela) em 7 milhões de km², sendo 5,5 milhões cobertos por florestas, das quais 69% estão em território brasileiro. É o maior bioma do país e representa dois terços de nossas florestas naturais, cobrindo 49% do território brasileiro por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, parte do Maranhão e do Mato Grosso. O clima na região amazônica é predominantemente equatorial (quente e úmido).
A data foi instituída pela Lei nº 11.621, de 19 de dezembro de 2007, e foi escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II, em 1850. O objetivo é conscientizar sobre a conservação do bioma e da importância de sua floresta, fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta. A Amazônia também é uma importante fonte de biodiversidade, sendo estimada a existência de cerca de 40 mil espécies de plantas diferentes, 400 mamíferos e 1.300 aves. Nos rios amazônicos, pode-se encontrar cerca de 3.000 espécies de peixes. As várias comunidades tradicionais da região dependem diretamente de seus recursos naturais para a sua sobrevivência.
A importância da Amazônia está na sua contribuição para a manutenção e distribuição da umidade em todo o continente. É o vapor concentrado acima das copas de suas árvores, somado à umidade que vem dos oceanos, que forma o que se conhece por “rios voadores”, os quais, quando barrados pelo paredão de 4.000 metros de altura da Cordilheira dos Andes, seguem para a Bolívia, Paraguai e regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A quantidade de vapor de água evaporada pelas árvores da floresta amazônica pode ter a mesma ordem de grandeza, ou mais, que a vazão do Rio Amazonas (200.000 m³/s), que por sua vez é o maior rio brasileiro, com quase 7.000 km de extensão, disputando o posto de maior rio do mundo apenas com o Rio Nilo. Seus principais afluentes são os rios Negro, Trombetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá. A Amazônia tem a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 7 milhões de km², e é responsável por cerca de um quinto do fluxo fluvial total do mundo, sendo que a água que flui por seus rios equivale a 20% da água doce líquida da Terra.
Além da extração ilegal de madeira, a Amazônia sofre constantemente com o avanço do desmatamento, mineração e criação de grandes hidrelétricas, atividades que, embora importantes para a economia do país, podem destruir o bioma, trazendo consequências climáticas graves para a América do Sul e para o planeta, caso continuem ocorrendo de forma insustentável e predatória. É preciso lembrar que a floresta, pela fotossíntese, é grande responsável por absorver o dióxido de carbono, principal responsável pelo aquecimento global, tornando-a um meio natural e eficiente de combate ao efeito estufa junto das florestas tropicais da África e da Ásia. Embora não seja verdade que a Amazônia é responsável pela produção de 20% do oxigênio da Terra, o que torna a expressão “pulmão do mundo” equivocada, temos inúmeras outras razões para preservá-la e protegê-la.