Era uma bela manhã de sábado, numa cidadezinha no interior de Minas Gerais, meu pai chamou-me para ir ao varejão com ele comprar algumas frutas.
Então fomos, eu – uma jovem criança de cinco anos – em uma família normal. Compramos algumas frutas, inclusive, uma grande melancia que tinha uma cara ótima.
Almoçamos, e após o almoço, resolvemos comer a melancia sentados em um banco na área de serviço que era aberta para o quintal. Começamos a comer. E após várias brincadeiras e risadas, meu pai pediu-me que escolhesse algum lugar no quintal para ele acertar as sementes. Apenas uma saudável brincadeira, era impressionante a mira dele, acertava todas. E assim, foi uma coisa simples, nada demais até aí.
Algumas semanas depois, em uma ensolarada tarde mineira, meu pai chamou-me lá fora. Ao chegar lá, vi que ele estava limpando aquele pedaço de terra que chamávamos de quintal. Então, ele mostrou-me os ramos das melancias que estavam no chão, parecia com um cipó, porém rasteiro.
Não me esqueço da curiosidade e felicidade que senti naquele pequeno, mas tão grande momento. Após várias semanas, acompanhando o desenvolvimento das frutas, chegou o grande dia em que meu pai resolveu colher e experimentar aquelas pequenas melancias que não chegavam a um quilo.
Depois que comi aquela melancia, podia sentir o brilho que meus olhos exalavam em direção a meu pai, só sei que nenhuma melancia até hoje, passados anos, e após várias mudanças com a presença diária de meu pai em minha vida fisicamente, chega ao pés do sabor daquela pequena melancia, por maior e mais volumosa que seja, aquela foi a melhor, sem comparação.
Texto escrito pelo aluno Henrique Mendonça Imada – 9º ano “B”
Professora responsável: Débora Lima