Foto de Frederic Jean |
As áreas de várzea dos rios foram assoreadas, o volume das chuvas aumentou e as enchentes estão cada vez mais comuns em todos os cantos do Brasil e do mundo. Quem criou o problema fomos nós e nada mais justo do que encontrarmos uma solução para, pelo menos, minimizá-lo. Foi o que fez o pesquisador José Rodolpho Martins e sua equipe, ao desenvolver a CPA – Camada Porosa de Asfalto.
A invenção do profissional, que trabalha no Departamento de Hidráulica da USP – Universidade de São Paulo, é simples: um pavimento com pequenos vãos, que não afetam a qualidade do asfalto, capazes de absorver a água da chuva e armazená-la, entre uma camada e outra de pavimento.
Em algumas horas, toda a água da chuva é “chupada” por um sistema de drenagem, instalado no momento da pavimentação, que encaminha o recurso para as galerias pluviais. Assim, a CPA é capaz de evitar ou, ao menos, minimizar as enchentes e, consequentemente, todos os estragos que a acompanham.
A técnica já foi implantada, com sucesso, em um dos estacionamentos da USP, mas possui uma falha, reconhecida pelos próprios pesquisadores: o preço. O custo da instalação da CPA chega a ser 25% maior do que o de um pavimento comum. Mas os benefícios também prometem ser bem maiores.
Fonte: Revista Superinteressante