A partir deste ano, conquistar uma vaga na Universidade de São Paulo (USP) ficará mais difícil. Conselho de Graduação (CoG) aprovou cinco mudanças no exame da Fuvest que eram discutidas havia meses. Agora, a nota da primeira fase volta a valer na pontuação final; a nota mínima para passar para a segunda etapa sobe de 22 para 27 pontos; e serão aprovados para a segunda fase de dois a três candidatos por vaga – e não mais três.
Além dessas alterações, o número de questões da prova do segundo dia da segunda fase foi reduzido de 20 para 16 e foi criada a possibilidade de escolha de uma outra carreira a partir da terceira chamada do vestibular.
Em março, a CoG havia aprovado outras duas propostas: um novo programa de inclusão que aumenta a bonificação de alunos oriundos da rede pública de até 12% para até 15%, mediante o desempenho na primeira fase; e a autenticação das informações prestadas na inscrição da Fuvest, para identificar candidatos com ensino médio incompleto inscritos em carreiras específicas – e não como “treineiros”.
Segundo a pró-reitora de graduação da USP, Telma Zorn, o vestibular não ficou mais difícil porque não houve alterações na estrutura e na essência da prova. “São pequenos ajustes necessários em prol do aluno e também da qualidade do processo. O formato, o conteúdo e o nível das questões não foram mudados.”
As propostas, pensadas pelo grupo de trabalho para o vestibular da USP coordenado pelo pró-reitor adjunto de graduação, Paul Jean Jeszensky, objetivam tornar o processo mais seletivo e aumentar a qualidade dos ingressantes. Para ele, mesmo com as alterações, o número de ingressantes com ensino médio na rede pública não vai diminuir. “Simulações nos mostram isso.”
Fonte: O Estado de São Paulo – Por Mariana Mandelli