Paris – Um pequeno macaco africano pode esconder a chave para descobrir a origem da malária, informou nesta terça-feira o Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS).
Uma equipe de pesquisadores dirigida por cientistas franceses demonstrou a presença do plasmodium falciparum, o agente responsável pela malária, nos macacos cercopitecídeos, pertencentes a uma família diferente da do homem.
A pesquisa acaba de ser publicada na revista americana PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Até o momento, acreditava-se que o parasita era específico dos hominídeos, família de primatas constituída de dois ramos: o do homem e o dos grandes símios (gorilas, chimpanzé, orangotango).
A descoberta indicaria que a origem seria anterior aos hominídeos e abre caminho para a análise do genoma do agente no cercopitecídeo.
Segundo o CNRS, a possibilidade de comparar a sequência do parasita no cercopitecídeo com a presente no homem permitiria saber como se adaptou ao ser humano e conhecer seus pontos fracos para reforçar a luta contra a praga.
A malária causa a morte de um milhão de pessoas por ano, a maioria na África.
Fonte: Estadão.com.br