Irmã Anita: uma vida dedicada ao próximo

15 de junho de 2018 - 21:51:00. Última atualização: 23 de julho de 2019 - 11:03:52

Igreja São José Operário juntamente com a Creche Comunitária Dona Marta Carneiro e como o Centro Comunitário Materno São Jose Operário são realizações de anos de trabalho e dedicação à comunidade.

“Foi como os Franciscanos que despertei para aprender muito para ajudar o outro”, assim lembra Irmã Anita, com voz pausada e suave, do início da década de 40, quando estudou um ano do “ginásio” em Jardinópolis com os Franciscanos. De sua infância, ela recorda que teve uma família feliz, e fala em especial de sua mãe muito exigente e de seu pai bastante compreensivo. Irmã Anita aprendeu a viver na presença de Deus mesmo com seus pais frequentando a Igreja apenas esporadicamente. Ela sente saudades de quando era Soldadinho de Cristo: “nós cantávamos: Valentes soldadinhos precisamos combater os defeitos mais daninhos pra gente dar só prazer…”

Quando jovem, participou da Ação Católica onde integrou-se à Juventude Estudantil Católica e à Juventude Independente Católica. Foi no Colégio Nossa Senhora das Dores, onde sempre estudou, que a Irmã decidiu-se pela vida religiosa por ter se apaixonado por Jesus, São Paulo e São Domingos. Ela também revela que grandes líderes da História Antiga serviam-lhe como modelo, “eu não me esqueço de Demóstenes que era gago e foi para a beira do rio falar até conseguir se dominar. Aquilo que me marcava, quer dizer, nós somos capazes e até um defeito físico podemos mudar”.

Logo no início de sua vida religiosa, em meados dos anos 50, mudou-se para a França, onde morou por três anos. Quando voltou ao Brasil, residiu na região Sudeste, Centro Oeste e Norte. Irmã Anita conta que trabalhou muito nesses lugares, “tinha uma dedicação e um amor muito grande por aquele povo, nós tínhamos o desejo constante de formar lideranças, queríamos que houvesse muitos brasileiros conscientes. Assim criávamos oportunidades para que os alunos também pudessem viver esse ideal”. Morou também no Paraná e no Rio Grande do Sul, onde conta que despertou para uma ação consciente politizada, “foi quando a Teologia da Libertação estava com toda a força e impulsionava uma ação consciente”, conta a Irmã.

Irmã Anita voltou para Uberaba em 1976 com uma enorme vontade de trabalhar nas chamadas Comunidades Eclesiais de Base. “Junto com a Irmã Terezinha, descobrimos o Gameleiras e mudamos para lá. A região era composta na maior parte por pastos, as casas eram barracos de retalho de madeira e lata aberta. Não tinha água encanada, usávamos cisterna e a energia elétrica era limitada, andávamos com lamparina para fazer reunião com o povo”.

Fonte: Revelação On-line – Uniube

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