“Combatendo no presente, prevenindo para o futuro”

4 de abril de 2019 - 11:00:00. Última atualização: 23 de julho de 2019 - 11:04:24

Em 1840, iniciou-se a “Guerra do Ópio”, causada por tentativas do Imperador Chinês de conter o comércio do ópio, forçado pela Inglaterra. Mesmo que o ópio era usado como medicamento pelos chineses a produção abundante na Índia e a introdução para consumo indiscriminado foram fatores que facilitaram a disseminação do vício, aumentando o contrabando, o que levou o Imperador a tomar medidas mais rígidas como a pena de morte para revendedores dessa droga. Já no Brasil contemporâneo, o combate às drogas ainda é um desafio, sejam das lícitas ou ilícitas, principalmente entre os jovens, por falta de informações, seja por insuficiência das leis vigentes, necessitando assim de medidas para amenizar os impactos imedialistas e a longo prazo na sociedade.

Sendo assim, é possível relacionar a frase do filósofo Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”, com o contexto atual do país. Partindo dessa reflexão, infere-se a importância da formação educacional dos cidadãos, já que o ambiente escolar é um dos principais canais de desenvolvimento de senso crítico. No entanto, o sistema brasileiro apresenta falhas na estrutura, na capacitação dos profissionais e nos métodos de ensino, questões que agravaram os índices de evasão escolar propiciando que adolescentes tenham contato com as drogas e o mundo do crime desde cedo, isso por influência do meio, limitando suas oportunidades e perspectiva de vida.

Além disso, mesmo com leis proibitivas para as drogas ilícitas, como a maconha, a cocaína, a heroína, entre outros, ou até mesmo a idade mínima estabelecida para o consumo de bebidas alcóolicas, o descontrole em relação ao uso dessas substância persiste. Essa situação acarreta prejuízos emocionais, físicos e sociais, consequências do vício químico e psicológico, afetando as relações interpessoais, limitando as oportunidades de reinserção na sociedade mesmo após o indivíduo ter recebido o devido tratamento. Com isso, não bastam as leis imedialistas de punição e prisão dos usuários e traficantes, e sim que sejam agregadas medidas preventivas para evitar os danos a longo prazo.

Dessa forma, para superar gradativamente os desafios do combate às drogas, é de importância colocar em prática a citação do pensador Zyzek em que afirma que quanto mais olhares sobre uma causa, mais fácil ela será resolvida. Ou seja, cabe ao Governo, por meio de seus Ministérios, promover ações para conscientização da população. A partir disso, um dos caminhos de prioridade é aplicar desde a educação de base, projetos para a exposição dos riscos do uso de substâncias entorpecentes ou até mesmo a automedicação, de forma dinâmica e levando debates para as salas de aula para serem mediados pelos professores nas escolas, desenvolvendo dessa maneira, o diálogo, facilitando a interação dos jovens com suas famílias e evitando a inserção no mundo das drogas e da criminalidade.

Ana Elisa E. Miranda


3ª série “A” – Ensino Médio


Texto redigido sob orientação da Professora Drª Priscila Toneli

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