“O comportamento do usuário nas redes”

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9 de maio de 2019 - 11:00:00. Última atualização: 24 de julho de 2019 - 11:43:08
Com
a vinda da globalização, o mundo se tornou mais tecnológico e a velocidade com
que a informação chega ao consumidor é extremamente rápida. No entanto, esse
fato pode gerar uma consequência que é a manipulação do comportamento do
usuário, uma vez que os dados presentes na rede são controlados por algoritmos
que filtram as informações de acordo com a sua programação. Tal mudança
comportamental ocorre devido à falta de senso crítico do usuário aliado à
negligência do Estado em verificar o conteúdo presente nas redes sociais.
Em
primeira análise, é indubitável que a formação educacional do indivíduo
influencia no seu comportamento. Sendo assim, segundo Immanuel Kant, “O ser
humano é aquilo que a educação faz dele”. Consoante ao pensamento do filósofo,
nota-se que, quando o cidadão tem acesso à escola ele irá adquirir diversos
conhecimentos e com isso, ao se deparar com uma informação na rede que aparenta
ser falsa, a pessoa buscará saber se tal notícia é verdadeira pesquisando em
outras fontes, e não simplesmente propagando-a. Com essa conduta, os usuários
não acreditarão em qualquer tipo de dado presente na rede, evitando, assim, a
sua própria manipulação.
Em
segunda análise, nota-se que o Estado deve verificar as informações da rede a
fim de filtrar as notícias que possam prejudicar os indivíduos. Dessa forma, de
acordo com o Contrato Social de Thomas Hobbes, o Estado deve garantir a vida e
o bem estar social dos cidadãos. Pontua-se, assim, que há uma quebra do Contrato
quando se analisa que as pessoas podem adotar comportamentos preconceituosos,
agressivos e machistas ao acessar os dados programados por algoritmos que visam
deturpar o comportamento delas, ferindo o bem estar social proposto pelo
filósofo. Logo, as autoridades governamentais devem estar presentes nesse
cenário para evitar a problemática.
Entende-se,
portanto, que é possível atenuar o problema com algumas medidas. Uma delas é a
montagem de uma equipe de técnicos de informação, por parte do Estado, para fiscalizar
e filtrar as notícias tendenciosas, garantindo o acesso a informações
verdadeiras. Outra ação é o investimento em projetos educacionais, por parte do
Governo junto ao MEC, principal órgão promotor da educação no país, por meio do
desenvolvimento de aulas de informática nas escolas públicas, ensinando os
alunos a identificarem informações não verídicas a fim de se evitar a
manipulação das pessoas e promover uma sociedade mais independente e
verdadeira.


Augusto Souza Campos Durante


3ª série “A” – Ensino Médio


Texto redigido sob orientação da Professora Drª. Priscila Toneli

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