Desde 1977, o dia 18 de maio é marcado como o Dia Internacional dos Museus, data criada pelo Conselho Internacional de Museus (em inglês, International Council of Museums – ICOM). Já em 1998, ano em que o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) completaria 100 anos de vida, passou-se a celebrar em 17 de agosto o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. Associados direta e fundamentalmente à tarefa de conservar e estudar parte do patrimônio material, estão os museus, embora haja ainda no senso comum a ideia de que esses são “apenas” para se guardar coisas velhas que não servem mais ou para se exibir arte, mas o museu é muito mais do que isso.
O ICOM os define como “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade.” Ou seja, o museu tem fins não apenas de conservação de bens (o que por si só já é muito importante), mas também de Educação Patrimonial e entretenimento da comunidade onde está inserido.
Os museus podem estar voltados para diversas áreas, como arte, história, ciências naturais, ciência e tecnologia, educação e antropologia. Muitos pais se surpreendem quando levam seus filhos para visitar museus e os veem se divertindo, interessados pelos conteúdos “de adulto”. Crianças e adolescentes que visitam museus desde cedo aprendem sobre a importância da conservação do patrimônio e da história, a valorizar os antepassados e a respeitar a diversidade, além de aprimorarem a habilidade de observação nas áreas das artes, ciências e tecnologias apresentadas nas mais variadas formas. Quanto mais interativa e mediada a visita for, mais proveitosa será. É importante atentar para esse momento de interação, dando aos visitantes, pequenos e jovens, tempo hábil para desfrutar o acervo com calma, tranquilidade e espaço para reflexão e questionamentos.
Nesse sentido, as visitas organizadas por escolas a museus são bastante proveitosas, principalmente porque é comum que haja mediação e conexão com os conteúdos dados em sala de aula. O CNSD tem o privilégio de ter inserido em seu espaço físico o Museu da Capela, no qual atividades de pesquisa e aulas programadas com seu acervo interdisciplinar são grandes atrativos para os professores executarem propostas inovadoras. Através disso, os alunos interagem e absorvem mais os conteúdos apresentados em livros ou pela internet, desenvolvendo seu senso crítico e habilidades criativas.
Em Uberaba-MG, a instituição que trabalha na preservação de bens históricos e culturais é o Conselho de Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (CONPHAU). Na cidade, além do Museu da Capela, também há o Museu de Arte Decorativa (Mada), Museu do Zebu – Fundação Edilson Lamartine Mendes, Museu de Arte Sacra (Igreja Santa Rita), Casa de Memórias e Lembranças Chico Xavier, Memorial Chico Xavier e Museu dos Dinossauros no Distrito de Peirópolis.
Quais museus de nossa cidade você já pôde visitar? E quais museus pelo Brasil e pelo mundo você mais gostou?
[A.P./Texto em colaboração com Débora Elisabete Ribeiro Vannuci, restauradora do acervo do Museu da Capela do CNSD.]
