A falta de democratização do acesso ao cinema não é algo tão atual como costuma-se pensar. Desde a Revolução Industrial, durante o processo de globalização que houve o avanço tecnológico, a construção de ambientes cinematográficos com alta tecnologia e desenvolvimento só foi eficiente em regiões de classe alta, visto que a periferia era aliada desse universo de entretenimento. Desse modo, essa problemática persiste no Brasil por conta da negligência governamental e de falhas nas políticas públicas.
Assim, segundo Émile Durkheim, todos indivíduos que vivem em comunidade são influenciados por um modo de agir e de pensar, denominado fato social, logo são dotados de coercitividade, generalidade e exterioridade. Dessa maneira, nota-se que os agentes governamentais são ineficientes por conta da má distribuição de renda na população. Resultando em ausência de cinemas em áreas de classes inferiores. Por conseguinte, essa influência negativa do meio (determinismo) faz com que haja alienação das novas tecnologias nas periferias.
Outrossim, a Declaração Universal dos Direitos Humanos preza pelo direito civil, visto que sua elaboração foi baseada no combate das tenebrosas guerras civis, atos de violência e desrespeito, buscando alcançar a utopia de um mundo melhor. Entretanto, esse documento não cumpre seu dever, dado que não há investimentos financeiros em políticas públicas de conscientização da importância do acesso ao cinema para toda população. Logo, essa declaração não é satisfatória na construção de senso crítico nos seres humanos, que seria uma forma de respeito para sociedade.
Portanto, medidas são necessárias para solucionar a ausência de democracia do acesso ao cinema somado à desigualdade social. Assim sendo, cabe ao Governo, órgão responsável pela ordem da população, elaborar campanhas de conscientização da importância do conhecimento cinematográfico atual, por meio de aplicação de verbas em escolas públicas para serem apresentados projetos nas aulas de Artes e Língua Portuguesa, com a finalidade de gerar senso crítico nos jovens e nas crianças. Só assim, essa problemática seria atenuada.
Autora: Lorena Dias
3ª série