O Contrato Social, proposto por Hobbes, afirma ser dever do Estado a garantia do bem-estar social. No entanto, há uma quebra evidente em tal contrato, visto que o Governo não é capaz de disponibilizar o amplo acesso à cultura, como por exemplo o acesso ao cinema, fator determinante para a construção da identidade nacional, impossibilitando assim o bem-estar social. Tal problemática ocorre devido à alienação da população, aliada ao descaso governamental com os indivíduos.
Em primeira análise, é mister destacar a precariedade do sistema educacional brasileiro, visto que a Educação é fundamental para a construção do senso crítico dos cidadãos, já que, para Kant, o homem é aquilo que a educação faz ele. Com isso, o indivíduo não luta pelos seus direitos, como por exemplo, o aceso a apresentações culturais, como é caracterizado o cinema.
Em segunda análise, é necessário evidenciar o descaso em relação à democratização do acesso ao cinema por parte do Governo, já que, de acordo com Charles Mills, um problema da esfera individual deve ser transferido para a esfera pública. Sendo assim, a dificuldade dos cidadãos para usufruir das sessões cinematográficas é fruto da péssima administração governamental, que impede a socialização da cultura, fator essencial para os costumes de uma nação.
Em suma, para que a problemática da democratização do acesso ao cinema no Brasil seja amenizada, é necessário que o Governo trabalhe em conjunto com o Ministério da Cultura, para que, por meio de incentivos fiscais às empresas do ramo cinematográfico, haja uma queda no preço dos ingressos. Sendo assim, a cultura poderá ser acessada por toda a população, atingindo assim a igualdade entre os indivíduos, como consta na Constituição Federal.
Autor: Arthur Feliciano Marques
3ª série
Redação com 920 pontos no ENEM.