No final de setembro, aconteceu a REDUC (Reunião de Educadores) referente à Educação Infantil. Com a temática da alfabetização – processo de aquisição prática da língua – as docentes utilizaram como base o livro “Consciência Fonológica na Educação Infantil e no Ciclo de Alfabetização”, de Artur Gomes de Morais, para dar continuidade ao assunto trabalhado em conjunto à BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
O papel do CNSD é sistematizar esses conhecimentos prévios, ampliar a interação do aluno com a língua escrita e oferecer situações de qualidade para reflexão e construção do novo conhecimento. Para tanto, tomando para análise parte da obra de Morais, as educadoras e auxiliares repensaram a prática pedagógica e enriqueceram o processo de ensino-aprendizagem inicial da língua escrita. Elas iniciaram a reflexão por meio de um fórum online do Portal Educacional, no qual analisaram, pesquisaram e sistematizaram seus conhecimentos sobre o assunto contextualizando com o conteúdo do livro.
As discussões partiram do princípio de que os alunos não chegam à escola sem preenchimento de práticas linguísticas, uma vez que alfabetização se trata das reflexões da língua e não apenas de treino motor e memorização de letras e fonemas. Logo, é imprescindível a consideração do início do processo de alfabetização como anterior ao ingresso da criança na escola, por meio de inúmeras atividades cotidianas que a inserem no mundo letrado.
Como prática, desenvolveram a dinâmica de experimentação, em que vivenciaram o processo de alfabetização do ponto de vista infantil, aplicando os conceitos apresentados na leitura e discutindo o papel do educador no desenvolvimento cognitivo, motor e socioemocional. Em acordo aos princípios montessorianos, afirma a Gerente de Conteúdos Educacionais Kátia Cristina da Silva: “Para promover a independência intelectual do educando, o adulto deve fazer-se cada vez mais desnecessário para a criança. Assim, deve ensiná-la a questionar e buscar soluções para suas dúvidas por meio da experimentação.”
A partir do estudo realizado, as educadoras pontuaram algumas ações que podem ser propostas pelos adultos, em casa, ao mesmo tempo em que auxiliam no processo de aprendizagem da leitura e da escrita naturalmente: praticar jogos orais de rimas, montar palavras cotidianas com letras móveis, brincar oralmente com palavras de mesma inicial, convidar a criança para fazer parte da produção da lista de compras, criar um bilhete para alguém da família por meio da fala da criança e registro do responsável, entre outras.
“Com base no estudo do primeiro capítulo do livro, Kátia explicou de forma clara e objetiva a importância da consciência fonológica no processo de alfabetização, no qual é necessário um planejamento estruturado que possa alinhar atividades pertinentes de leitura e escrita. Portanto, é fundamental conhecer nosso aluno e verificar seus desafios e suas habilidades, para promover atividades dinâmicas e criativas que contribuam no processo de oralidade e interpretação, o que garantirá resultados positivos futuramente.”, relata a Professora Daniela de Castro, 2º período.
[M.E./P.K.C.]